Falta de ambulância em Guriri coloca vidas em risco: Guarda-vidas relatam dificuldade em resgate crítico.

Neste fim de semana, um resgate de alto risco em Guriri expôs novamente a precariedade do atendimento emergencial na praia. De acordo com relatos dos guarda-vidas que atuam na região, duas vítimas foram salvas em estado critico, apresentando grau 3, com espuma saindo pela boca, situação que exigia atendimento médico imediato.

Apesar da urgência, não havia ambulância disponível para dar suporte à equipe de salva-vidas. “Precisamos acionar o Corpo de Bombeiros para conseguir o suporte necessário. Nosso trabalho é salvar vidas, mas sem ambulância no local ficamos limitados”, explicou um dos guarda-vidas.

A situação se agravou ainda mais quando a equipe precisou solicitar o atendimento do SAMU. Segundo os profissionais da praia, foi solicitado que eles realizassem uma triagem antes do envio da ambulância, algo inviável diante da gravidade do caso.

“Nós não temos condições de fazer triagem com a vítima em estado tão crítico”, destacou o guarda-vidas.

O episódio reacende o debate sobre a falta de estrutura de atendimento emergencial em Guriri, uma das praias mais movimentadas do Espírito Santo, especialmente durante a alta temporada. Profissionais que atuam na região alertam que a ausência de uma ambulância fixa compromete a agilidade do socorro e pode custar vidas.

Enquanto a atuação dos guarda-vidas segue sendo reconhecida pela população local e pelos turistas, eles pedem mais valorização e, principalmente, estrutura adequada para atender as ocorrências graves.

“Estamos aqui para salvar vidas, mas precisamos de suporte. Sem ambulância, cada segundo perdido pode ser decisivo”, concluíram.